TRANSCRIÇÃO DE ÁUDIO
Olá! Meu nome é Melissa e este é o Assunto de menina, o Podcast que incentiva a ciência por e para mulheres.
Inspired by Kevin MacLeod
Link: https://incompetech.filmmusic.io/song/3918-inspired
“Se é uma boa ideia, vá em frente e faça porque é muito mais fácil pedir desculpas do que obter permissão”, é com a frase dessa incrível mulher que começamos o segundo episódio do Assunto de Menina.
Grace Hopper nasceu em 1906 , na cidade de Nova Iorque, sendo a mais velha de três irmãos. Seus pais sempre a incentivaram a estudar, até porque Grace era uma criança inteligente e muito curiosa. Movida pelo interesse nas ciências exatas, Hopper graduou em Matemática e Física aos 22 anos, concluiu seu mestrado em 1930 e logo conquistou o PhD em Matemática. Antes mesmo dela terminar o Doutorado, Grace já ministrava aulas no Vassar College e em 1943 ingressou na Marinha por meio do programa WAVES - uma divisão exclusiva para mulheres-, formando-se na Escola Naval como primeira da turma. Logo após ela foi encaminhada para atuar em um projeto da Universidade de Harvard sobre o computador MARK I, com o objetivo de fazer cálculos científicos rápidos a fim de entender os assuntos da guerra, tal como a trajetória das ogivas. Após trabalhar no primeiro protótipo, sua ocupação foi com o sucessor da máquina, o Mark II. Foi nesse período que Hopper inventou o termo “bug”: após o computador apresentar problemas, a cientista descobriu um inseto - bug em inglês - morto dentro do aparelho. Após tirá-lo, denominou o ato de “debugging”, expressão utilizada para localizar e solucionar os defeitos nas máquinas.
Após Harvard, Grace integrou o desenvolvimento do UNIVAC I, o primeiro computador comercial fabricado e comercializado nos Estados Unidos. Foram produzidas 46 unidades custando mais de um milhão de dólares, inclusive o UNIVAC foi um dos primeiros computadores a chegarem no Brasil, sendo adquirido pelo IBGE por 3 milhões de dólares a fim de processar dados do Censo.
Ao finalizar sua participação no projeto, Grace Hopper criou em 1952 o primeiro compilador, que é um instrumento que procura traduzir uma linguagem textual para uma linguagem de máquina, provando que os computadores não se limitavam apenas à aritmética.
Em 1954, Grace Hopper foi nomeada a primeira diretora de programação da companhia onde trabalhava, e divulgou, em conjunto com seu departamento, as primeiras linguagens de programação com base em compiladores. Já 1955, sentindo que a Matemática não era suficiente para a programação, criou a linguagem Flow-Matic, primeiro código assemelhado ao Inglês. Esta foi a inspiração para a criação dos comandos COBOL, muito utilizada no processamento de Banco de dados comerciais, tornando Grace conhecida como a “Vovó Cobol”.
Hopper coleciona inúmeros doutorados honoris causa, prêmios e homenagens. Tal como a nomeação de um navio em sua homenagem - o USS Hopper -, que possui como lema a frase “atreva-se a criar”. Foi a primeira mulher e cidadão norte americano a receber o título de Distinguished Fellow pela British Computer Society, que premia pessoas que contribuíram para o universo da Computação.
Grace Hopper tornou-se capitã da marinha em 1973 veio a falecer aos 85 anos. Dois anos após sua morte, deu-se a criação do Grace Hopper Celebration, congresso anual especialmente para mulheres da área de tecnologia, que procura inspirar e motivar todas no campo científico.
Assim como eu comecei citando uma frase de uma das mulheres mais famosas na computação, eu quero terminar com as palavras de Grace após ser perguntada o por quê dela saber tanto sobre o assunto, ela respondeu simplesmente que não sabia pois era o primeiro. Essas palavras me marcaram muito quando eu estava no ínicio da minha Iniciação Científica porque eu sempre fiquei muito apreensiva em relação aos meus projetos e morria de medo de algo não ser bem sucedido mas eu acabei percebendo que a real importância são as suas intenções e seus objetivos. Se no final der errado, tudo bem, porque você tentou e isso é o que importa.
A recomendação da semana é do filme “As sufragistas”, que possui no elenco as incríveis Meryl Streep e Helena Bonham Carter. Retratando o início do movimento feminista na Inglaterra, a luta pela igualdade e o direito ao voto. Após protestos pacíficos mas que nunca receberam o devido interesse e à constante agressão policial, foi necessário que essas mulheres fizessem alguns sacrifícios. Relembrando o que foi dito agora pouco, foram essas personagens que ousaram combater a discriminação de gênero, mesmo que sem nenhuma garantia de que suas ações teriam resultados positivos.
Desde já queria agradecer pela sua audiência e falar que cada ouvinte é muito importante para atingir o nosso objetivo. Se você tiver alguma sugestão ou opinião não hesite em enviar um e-mail para assuntodemeninacast@gmail.com ou uma mensagem para @assuntodemeninacast no Instagram ou Facebook. Você também pode acompanhar nosso site, lá serão postadas as transcrições dos áudios e assuntos pertinente ao tópico. Os links para as Mídias Sociais e da Trilha sonora serão disponibilizados na descrição desse episódio. Novamente, meu muito obrigada!
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